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É ele
Velhas estórias, contadas em versos e prosas tantas vezes que apesar de inverídicas alguns aceitam como verdadeiras. Nosso personagem, pessoa muito querida, homem de negócio muito esperto, por umas e outras entrou nas anedotas do povo.
Em sua casa, que ficava em meu trajeto para a escola, abaixo da campainha uma placa "toque e espere", fui um dos que só tocou e muitos faziam isso. E na lista telefônica a especificação de seu ramo de negócio: "compra-se porcos e suínos".
Em uma de suas viagens, voltando de Ourinhos, próximo ao trevo de Chavantes ele avistou pela primeira vez a placa indicativa da localidade de IRAPE, entrou na via de acesso, estacionou o carro, desceu, soltou uns palavrões preparando-se para "ir a pé" para sua cidade. Por sorte, avistou um carro da Policia Rodoviária e questionou o motivo de ter que " ir a pé". Os policiais lhe explicaram e ele não fez a caminhada. 
Nosso personagem, vereador em várias legislaturas em uma sessão da Câmara onde se discutia a viabilidade de abastecer uma escola isolada questionou seus pares afirmando que não se achava solução por desinteresse dos nobres colegas, pois achava que era só implantar a rede de abastecimento. Um vereador tentou explicar que em tal escola não havia energia elétrica o que inviabilizaria colocar bomba hidráulica,  a topografia no local também não era favorável, enfim não havia pressão hidrostática e a Lei de Stevin era um impedimento ao projeto. Nosso personagem tomando a palavra falou: -Se a lei de Stevin é impedimento então porque não a revogamos e damos andamento ao projeto.
Numa ocasião, alguns vereadores iriam a São Paulo e o prefeito solicitou ao nosso vereador que comprasse a bandeira do Brasil e do Estado de São Paulo. Nosso personagem ameaçou desistir da viagem, chegava a suar frio e quando indagado do motivo de tanto desconforto por causa de duas bandeiras, ele respondeu que não tinha muito gosto por cor e que era melhor que outro comprasse as bandeiras para não correr o risco de ele trazer as bandeiras  do Brasil e São Paulo com cores que o povo poderia não gostar.
Em visita ao governador do Estado, sem agenda pré-determinada, nosso vereador esperava há algumas horas na antessala. Cansado dirige-se a secretária:
- Vai demorar o governador me atender?
- Só mais um pouco. O governador esta recebendo um pessoal que veio de Brasília.
- Avisa ele que eu vim de Santana, um carro muito melhor e devo ter preferência. 
Se alguém me perguntar se é ele, respondo que é sim, é ele.
 

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