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 Adeus ano velho, feliz ano novo!


O término de um período desperta alívio e tensão. O início de um novo tempo provoca alegria e apreensão.


Despedir-se do ano velho é ocasião especial para avaliar; acolher o ano novo é ocasião especial para planejar. Em maior ou menor proporção realizamos este exercício, para tantos, necessário e de muita valia, por isso gratificante; para outros, cumprimento de obrigação, por isso fatigante.


Neste momento da história, o fazer, consumir, vender e aparecer sobrepõem-se ao ser, elaborar, construir e doar-se. Excelência é palavra-chave! Eficácia, eficiência, sustentabilidade e gestão competente são conceitos implementados tanto na administração da casa quanto das multinacionais. Quem faz e acontece atrai flashes, disputa espaço nas colunas sociais, festas badaladas, recebe títulos de reconhecimento. O grande, o caro, o novo modelo nos encanta. Os mais inteligentes e bem-sucedidos suscitam aplausos.


O que nos move a viver, a fazer, a buscar, a construir, a reconstruir, a avaliar? Que força, qual força nos move?


O que para tantos parece desnecessário, perda de tempo e vã filosofia, é, na verdade, essencial a quem, de fato, quer Ser e Fazer a diferença em todos os sentidos e dimensões.


Encanta-nos a suntuosidade das pirâmides do Egito. Não nos damos conta de que a opressão e violência foram as forças que moveram a construção do que chamamos maravilha do mundo antigo. Posamos diante das vitrines dos shoppings sem nos dar conta de que, do outro lado da bonita avenida, ocorrera um desmoronamento, ceifando a vida de famílias inteiras que, em barracos, disputavam espaço com ratazanas.


Basta fazer? O início de um novo ciclo coloca ao nosso alcance a possibilidade de mirar (ver profundamente), ouvir (mais que escutar) e refletir (mais que opinar gratuitamente) sobre qual força nos move, impulsiona, mantém e direciona. Qual a qualidade do combustível que nos abastece? Vivemos, de fato, ou arrastamo-nos ao longo do tempo?


Os excelentes fazem, os bons fazem, os maus fazem, os mais ou menos fazem, os em cima do muro fazem, os dóceis fazem, os tiranos fazem.  A vida propõe a todos, porém, apenas os verdadeiramente corajosos, não confundamos com brigões, aceitam o desafio, refletir: muito mais que fazer, a diferença está em, o que nos move, o que nos impulsiona a fazer. Nessa perspectiva desejamos um Feliz e Abençoado 2016, de verdade!


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