Valter Luiz Posted November 7, 2015 Posted November 7, 2015 É comum encontrar pais que, num misto de desespero, revolta e vergonha, perguntam-se, em relação aos seus filhos: “onde foi que eu errei?”. A problemática que envolve a relação pais e filhos é gritante em todos os sentidos.A título de conceituação, a expressão “onde foi que eu errei?” evidencia que certo e errado são referências e critérios que orientam a análise sobre algo ou alguém.Enquanto o certo atrai aplausos e elogios, o errado atrai críticas, desprezo, convoca à identificação de culpados e, consequentemente, seu julgamento e condenação. Os pais do “onde foi que eu errei?” perguntam-se, denunciam-se, julgam-se e condenam-se ao mesmo tempo; expressam sentimento de culpa por seus filhos não corresponderem às expectativas, suas ou de outros, em relação ao supostamente certo. O “onde foi que eu errei?” seguido por justificativas do tipo “nunca deixei faltar nada”, “dei tudo o que eu não tive”, “sempre teve do bom e do melhor”, faz emergir a verdade quase nunca admitida: boa parte dos pais concentraram sua atenção unicamente no zelo, cuidado e manutenção dos filhos. O irreverente espírito da modernidade que a tudo e a todos questiona permite-nos perguntar: para que servem os pais? Qual a necessidade de um ser humano ter pais? Muitos afirmam que a instituição família está fadada ao fracasso. De fato, se considerarmos que a função dos pais seja única e exclusivamente cuidar e manter, temos que admitir que não precisamos deles, que são desnecessários. É cada vez mais raro encontrar maltrapilhos e menores abandonados pelas ruas. Poder público, ONGs, clubes de serviço e igrejas desenvolvem projetos que os provêm das necessidades básicas. Vivemos no país do bolsa família, bolsa escola, bolsa alimentação... Se tantos, teoricamente, têm a preocupação de cuidar e manter, para que servem os pais? Perguntas autocondenatórias, justificativas superficiais, orientações comportamentais e assistencialismo não solucionam adequadamente os desafios. Superemos o olhar reducionista que atribui aos pais, unicamente, funções referentes a cuidado e manutenção dos filhos. Reencontremos, resgatemos o que é único, insubstituível e próprio do ‘ser pai’ e ‘ser mãe’, antes de tudo, assumir, por amor, livre e responsavelmente, a missão de colaborar com a ação criadora da vida, sendo instrumentos para que o ser humano nasça, cresça e se desenvolva em todos os sentidos e dimensões e, muito mais do que simplesmente viver bem, seja, de fato, feliz. Se não for assim, para que servem os pais?
João Andrade Posted November 9, 2015 Posted November 9, 2015 Assunto de suma importancia sobre loterias muito bom mesmo o que ta acontecendo com o forum cansou de loterias sera?
Recommended Posts