A bolha das loterias tem muitos aposentados procurando passatempos (Sarna para se coçar), inclusive eu.
Como falar sobre o óbvio do óbvio sem magoar?
Como explicar que a gentileza e a cortesia podem ser um enorme problema em determinado contexto?
O vídeo mais curtido do Youtube tem mais de 45 milhões de likes. Então, imagine o que aconteceria se todas as pessoas que gostaram do vídeo, em vez de clicar no botão do like, indicando que gostaram, resolvessem publicar um vídeo com o conteúdo: Parabéns, Fulano. Você é show!!!. Ou seja, para cada vídeo legal, haveria milhões de outros vídeos de agradecimento, mas de conteúdo irrelevante.
No mundo virtual, sustentado por um banco de dados onde se armazena para sempre as mensagens, uma mensagem de agradecimento ocupa espaço, ocupa memória, ocupa recursos caros. Assim, para evitar que milhares de mensagens de agradecimento inundem o banco de dados, inventou-se o botão do LIKE para satisfazer as necessidades de gentileza e cortesia que são inerentes e essenciais para a boa convivência social.
No mundo paralelo das loterias a estatística é muito importante. Entretanto, se alguém perguntar para o ChatGPT qual é o conteúdo mais importante de uma rede social qualquer, o cérebro da IA irá raciocinar que o mais importante é aquilo que existe em maior quantidade. Sem o conceito de like para qualificar o conteúdo, irá responder que o mais importante é o “Parabéns, Fulano. Você é show!!!”.
Como exercício de fundamentação, pesquisei com a ferramenta de “search” do fórum as palavras parabéns, show, dezena, sorte, lotofácil e matriz. Cada uma delas separadamente. O resultado corroborou com a tese.
Já estou de capacete para receber as pedradas.